NA REAL: MARCO FELICIANO


Salve! Salve galera! Estou voltando a escrever aqui depois de ficar um tempo apenas repassando notícias. Só o que peço é que minha opinião não seja interpretada de forma errada por pessoas mal intencionadas e oportunistas.
  Vi e li esses dias a polêmica criada em torno da eleição do pastor Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos da câmara, devido a algumas declarações do mesmo em suas redes sociais. Com relação às declarações do pastor discordo de algumas, porém, em uma coisa eu compactuo com a opinião dele, como na questão de atitudes que alguns homossexuais têm em público. Antes que você comece a pensar “a esse cara é um religioso homofóbico e preconceituoso” não sou religioso e muito menos homofóbico, pois tenho amigos e ex-colegas homossexuais que nunca precisaram ficar se agarrando ou se beijando em público para mostrarem sua opção sexual, no entanto, também não serei hipócrita de maquiar as atitudes dos heterossexuais que estão em toda parte nas novelas, filmes, músicas e por ai vai. Acredito que respeito se ganha com respeito, por isso sou contra as atitudes de alguns homossexuais de se beijarem dentro de igrejas evangélicas para provocarem uma determinada pessoa. Particularmente acho isso uma atitude infantil e desnecessária para quem está lutando para ter sua opção sexual respeitada.
  Agora quanto a sua eleição; gente querendo ou não vivemos em um país democrático onde muitas vezes a vontade da maioria acaba sendo escolhida como a vontade de todos. Se ele foi eleito democraticamente por seus colegas deputados tem que se respeitar, e de certa forma eu até prefiro que ele continue na presidência, pois assim, ele estará sendo vigiado de perto por todos e se cometer qualquer deslize será cobrado instantaneamente. Outra coisa que parece que muitas pessoas não sabem é que o presidente da comissão não tem o poder de decidir nada por vontade própria, seu papel é colocar o projeto em votação e estimular a discussão para que o mesmo seja aprovado pela maioria e não apenas por ele.
  Mais uma coisa que não entendo é porque os mesmos segmentos sociais que implicam tanto com o pastor, não fazem a mesma oposição ao Papa?  Antes que você diga “a mais o Papa é o líder da igreja católica e a igreja sempre foi contra o a união dos homossexuais”, sim estamos todos cientes disso. Mas, além de ser um líder religioso o Papa também é um líder político, sendo o Vaticano um país, ele se torna automaticamente a autoridade política mais importante, seguido respectivamente por seus cardeais. Sendo assim, tecnicamente o pastor e o Papa são semelhantes, lógico que separados por crenças, mas ambos são cristãos, lideres religiosos e possuem uma representação política em seus países. Seguindo essa linha de raciocínio, por que o pastor Marco Feliciano não pode ter uma opinião diferente de uma parcela da população brasileira e o Papa pode abertamente, lembrando mais uma vez que o mesmo também possui uma representação política, se posicionar contra a união estável de pessoas do mesmo sexo?
  Não estou aqui para criar polêmica entre católicos e evangélicos ou evangélicos e homossexuais, no entanto, acredito que independente de crenças religiosas todos temos o direito natural de ser feliz ao lado de quem gostamos, independentemente da sua opção sexual. Talvez o que Cristo mais desejasse fosse que o amor entre as pessoas se tornasse maior que suas intolerâncias.


Por hoje é só, um abraço a todos e até a próxima.

Eduardo M.B.

23/04/2013


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