
Passamos a admirar e endeusar cada vez mais as ditas metrópoles por conta do que vimos na internet, através de fotos, videos, artigos, etc. Lógico que as metrópoles tem seus atrativos como mais opções de lazer, entretenimento, diversão, entre outras. Mas, nem tudo são flores, sempre tem o outro lado, questões como criminalidade, variação na oferta de emprego, custo de vida maior, enfim.
Com o avançar da internet, principalmente com a velocidade de comunicação da província com a metrópole, digo, da cidade com os grandes centros, passamos a nos importar mais com o que acontece nas grandes cidades do que nas cidades do interior.
Porém, não podemos ver a internet como a unica vilã nessa história, pois, parte desta culpa esta em nossos governantes municipais e regionais que em uma busca, muitas vezes, cega e desenfreada do desenvolvimento econômico de suas pequenas cidades acabam por estrutura-la em prol de suas indústrias e comércios, ou seja, buscam o crescimento de suas cidades beneficiando indiretamente os patrões.
E os trabalhadores destas fábricas e lojas não merecem um poder público que pense neles também? Que tenha políticas públicas que vise a vida social dos demais munícipes? A resposta é simples, sim, mas, como diz o ditado aquele "quem pode mais, chora menos". Os patrões podem viajar para as metrópoles e usufruir do desenvolvimento que esta alcançou ao longo dos anos, podem frequentar os teatros, museus, cinemas, grandes shoppings. Enquanto seus empregados e demais conterrâneos ficam desprezando e reclamando de sua cidade.
Mas por quê tocar nesse ponto? Simples, a imposição da informação somado a falta de visão e planejamento de nossos administradores públicos acabam impulsionando esse sentimento provinciano dos moradores de cidades pequenas que por terem pouca ou quase nem uma opção de lazer, entretenimento e diversão passam a menosprezar a cidade ou região onde reside.
O objetivo deste texto não é fazer com que os moradores de pequenas cidades passem a renegar as informações dos grandes centros e cidades, mas, que reflitam sobre essa questão da forma como, muitas vezes, as mídias da metrópole impõe suas informações sobre os provincianos. Como se o único lugar bom que existisse seja lá. Podemos ter pouca ou quase nem uma alternativa de lazer como uma grande cidade, porém, temos algo que eles, muitas vezes, não possuem mais, que é as belezas naturais, costumes, crenças, que só o interior ainda possuem. Será que não podemos começar a usar os meios que temos para mostrar a metrópole nossas belezas? nossas cidades tranquilas, mostrar que também possuímos mazelas políticas?
Enfim, no fundo isso gera uma situação cômica, irônica e uma certa inveja mútua entre metrópole e província. Pois, a metrópole tenta ser uma cidade tranquila, muitas vezes impossível devido a criminalidade, como a provincia. Enquanto a província busca ser uma grande cidade desenvolvida, esgotando suas reservas e belezas naturais como a metrópole fez em nome do tao sonhado desenvolvimento que a província busca.
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